sexta-feira, 20 de agosto de 2010

E a crítica de moda?

Antes sec. XIX o trabalho dos costureiros era visto apenas como um ofício, porem a partir dessa data, eles começam a reivindicar seu reconhecimento como artista. Frederick Worth, Pai da alta costura foi o primeiro costureiro a assinar suas roupas. Em 1913, Paul Poiret afirmou que não era um costureiro e sim um artista. Mesmo assim os estilistas até hoje não conseguiram o seu reconhecimento como artistas. Mas, qual é a razão disso?

De acordo com Lars Svendsen escritor do livro, Fashion: A Philosophy, uma dessas razões é que, a crítica de moda precisa evoluir pra se igualar com a crítica de arte. As mídias de moda atuais na verdade são extensões das casas de moda. Elas não fazem uma avaliação dos designers e sim marketing. Para a moda evoluir, o designer precisa ser desafiado. Mas como isso será possível se os críticos de moda são servidores dos designers?

As criticas positivas em nada acrescentam. Mais do que criticas negativas a moda necessita de uma critica séria. De acordo com Lars para se fazer uma avaliação quatro aspectos são importantes, são eles: descrição; contextualização; comparação; interpretação. A partir desses elementos podemos pensar sobre uma coleção e fazer o seu julgamento. Quando se faz uma critica negativa, a sua identidade fica exposta. Portanto ao se fazer uma critica, devem-se ter justificativas. O próprio significado da palavra critica é julgamento, sendo assim os críticos nada mais é do que um jure que dará um veredito, eles que iram atribuir valores àquelas criações. Dessa forma, os críticos devem cada vez mais se preocupar em fazer uma avaliação no seu aspecto mais essencial, caso contrário a moda continuará durante muito tempo ainda na sua caminhada em busca de seu reconhecimento como arte.


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