domingo, 12 de setembro de 2010

A Era eduardiana, era da opulência!

1900 a 1913, um espaço muito curto de tempo, historicamente falando, mas não para a moda. Foram anos de muita elegância, ostentação, excessos e exotismos e também o período que antecedeu a I Guerra Mundial. As roupas já eram sinônimo de status social, Paris continuava sendo a capital da alta moda e as etiquetas que indicassem sua origem parisiense significavam que seu dono com certeza vivia muito bem financeiramente. A ditadura da moda era seguida rigidamente, e qualquer um que tentasse se arriscar um pouco mais era colocado de lado, ganhava vários olhares tortos e então era excluído das altas rodas se não voltasse ao “normal”. Uma sociedade de poder e nível social elevados, que viviam de passatempos amenos, como caminhar pela esplanada de Biarritz (uma cidadezinha francesa muito freqüentada no verão) ou cavalgar na Rotten Row, em Londres.

As mulheres usavam camadas intermináveis de roupas, se vestir era algo extremamente trabalhoso que elas nunca conseguiriam fazer sozinhas, por isso a criada sempre ao lado para ajudá-las. Eram muitas roupas de baixo, o espartilho que apertava e definia o corpo, transformando-o em um “S”. Sem falar nas roupas externas que também era um exagero. Vestimentas nada confortáveis, que obrigavam a coluna e pescoço a ficarem eretos, golas altas (colarinhos altos, para os homens) para manter a cabeça numa postura arrogante. Rendas, babados, aplicações em pedras, bordados, tudo isso fazia parte do extenso guarda-roupa. Os acessórios também eram apreciados (e recomendados), obrigatórios em alguns casos, como os chapéus, sombrinhas para mulheres e bengala para os homens. Os chapéus femininos eram incríveis, um mais criativo que o outro, com penas/plumas, laços gigantescos e grandes, muito grandes. O vestuário masculino não sofreu uma grande mudança, foram se tornando menos formais com o tempo, mas não perderam a elegância do terno e gravata.

As cores eram muito suaves, a maioria em tons pastéis. Tons mais fortes e vibrantes foram acrescentados ao vestuário pela influência dos figurinos brilhantes e coloridos dos Ballets Russes de Léon Bakst. Vestidos multicoloridos das damas eram pontuados pelo preto e branco de seus acompanhantes.

Catálogos de moda começam a surgir nas lojas de departamento, e as “tendências” de moda divulgadas em cartões-postais e cartões de cigarro. A moda também começa a ser inserida na imprensa, jornais e revistas na França e Londres, primeiramente. As mulheres que não tinham condições comprar roupas tão caras tinham a opção dos moldes de papel e costuravam elas mesmas em suas casas. Ou então, o caso dos mais pobres que compravam roupas de segunda mão e dependiam da caridade.

“A era da opulência” termina com o inicio da guerra, obrigando que ostentação exagerada dê lugar a uma sobriedade forçada.

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